O bairro de Simões Filho-1 começou a ser construído em 1983, uma parceria da URBIS Habitação e Urbanização do Estado da Bahia S/A(responsável pelo projeto), do Governo da Bahia e com a construtora e empreiteira OAS. O projeto tinha a finalidade de beneficiar trabalhadores e famílias de baixa renda da região de Simões Filho, havia várias pessoas esperando há mais de dez anos.
A previsão era de
que as obras fossem concluídas em uma ano e meio, mas por alguns
problemas, dentre os principais a chuva, as obras atrasaram e só
foram “concluídas” quatro anos após em 1987. Devido ao atraso
nas obras a URBIS passou a cobrar da construtora o aceleramento dos
serviços, as construções contavam com aproximadamente mil
trabalhadores.
O projeto incluía
desde a construção de edifícios de quatro andares(mas que acabaram
em três) á construção de casas populares, e também de uma escola
de nível fundamental: A Escola Municipal União da Bahia. O critério
usado na época foi o de que famílias de até quatro filhos se
inscreveriam para receber os apartamentos, e acima de cinco filhos
receberiam as casas. O prefeito de Simões Filho na época era
Berlindo Mamede de Oliveira, defende-se que por conta de desavenças
e interesse políticos existentes o conjunto habitacional foi dado
por concluído, mas sem efetivamente atender ao que foi determinado
em projeto, pois ficaram pendentes quientas e vinte casas, sobraram
vários lotes que foram sorteados para evitar uma invasão
desordenada, muitas casas e apartamentos foram entregues sem reboco
e/ou piso, meses depois os mutuários começaram a morar nos imóveis.
Por falta de condições financeiras de construir nos terrenos que
foram sorteados muitas pessoas abandonaram os mesmos que mais tarde
foram invadidos, iniciando assim uma ocupação desordenada, até
hoje há muitas casas e apartamentos que possuem documentação
irregular.
Quando o conjunto
foi dado por concluído este já possuía um sistema de esgoto e
também encanamento de água, mas ainda com tudo isso e já havendo
habitantes a EMBASA não disponibilizava o abastecimento de água e
por muito tempo os moradores foram abastecidos por carros pipas da
prefeitura e por poços artesianos que alguns habitantes construíram
e transportavam a água utilizando patinetes, somente mais tarde
devido a pressões políticas e populares foi que a EMBASA “resolveu
o problema da água” (até hoje os habitantes sofrem periodicamente
com a falta d’agua, pois de tempos em tempos ficam cerca de até
três dias sem que caia água no local).
A falta de água foi
um dos principais problemas para que muitas pessoas abandonassem o
bairro, outro motivo que provocou a migração de moradores foi a
ausência de um transporte coletivo satisfatório (só mais tarde foi
que a empresa VSA passou Fazer a rota Simões Filho-1 X Centro).
No meado da década
de 90 o transporte alternativo passou a circular pela cidade,
beneficiando toda população, pode se dizer que o transporte
alternativo deu-se principalmente pela existência de Simões
Filho-1.
A primeira
creche-escola só foi fundada em 1992, na gestão do prefeito Eduardo
Alencar, que também funcionava como posto de saúde (o primeiro
posto de saúde só foi construído em 2006/2007 na gestão do
prefeito Edson Almeida).
Apesar de tantos
problemas Simões Filho-1 já era considerado um dos bairros mais
bonito da cidade, mas não poderíamos deixa de mencionar que Simões
Filho 1 desde a sua origem sofreu um grande choque cultural já que
pessoas de diferentes origens formaram sua população,
principalmente trabalhadores que moravam no interior do estado e que
escolheram morar no bairro por ser barato, e por que trabalhavam no
CIA-Centro Industrial de Aratu.
Romário Silva e Emanuel Oliveira
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